Recursos humanos e metaverso

Os Recursos Humanos na era do Metaverso

Published On: 01 Julho 2022

Certamente já ouviu falar do Metaverso, um conceito de ficção científica introduzido em 1992 no romance Snow Crash por Neal Stephenson, mas que já faz parte da nossa realidade. Poderíamos defini-lo como uma extensão do mundo físico para o virtual, ao qual se pode aceder através de dispositivos para viver uma experiência completamente imersiva.

O mundo, com as empresas digitais como pioneiras, está a preparar-se para esta revolução que transformará as relações sociais, económicas e laborais. O seu impacto será tal, que se estima em cerca de 2,5 biliões de dólares de negócios até 2030, o equivalente a, praticamente, dez vezes o PIB de Portugal (0,231 biliões).

Para muitos especialistas em gestão de Recursos Humanos, o Metaverso não é nada mais, nada menos, do que uma resposta lógica à evolução do mundo laboral para os formatos híbridos. Mas, como irá isto afetar a gestão de pessoas e os processos de seleção?

Analisemos as oportunidades que ofrece o metaverso

  • Um novo espaço para interagir: Reduzir-se-á à distância entre o físico e o virtual, com espaços de trabalho onde as equipas poderão reunir-se e fazer negócios;
  • Novos empregos: Embora isto seja difícil de compreender neste momento, o Metaverso irá oferecer novas oportunidades de emprego e, segundo as estimativas de Mark Zuckerberg, CEO de Meta, irão ser gerados 10.000 postos de trabalho na UE nos próximos cinco anos.

Como irá afetar os procesos de seleçao o metaverso

O Metaverso terá diferentes utilizações em RH e proporcionará uma melhor experiência para as pessoas, otimizando processos e tempos nos processos de seleção. Uma vez que irá mudar a relação entre os selecionadores e os candidatos, serão implementadas novas formas de interação, reduzindo a distância entre o presencial e o virtual.

As pessoas responsáveis por um processo de seleção irão dispor de uma nova e eficaz forma de avaliar, em tempo real, as competências e capacidades dos candidatos, transferindo-as para experiências virtuais complexas que terão de superar e que permitirão aferir quais os seus pontos fracos ou fortes de uma forma mais rápida.

Além disso, o Metaverso oferece a possibilidade de “testar” os aspirantes no seu posto de trabalho real, ainda que de uma forma virtual, e poderão conhecer como são os seus espaços e as pessoas que lá trabalham, o que facilitará bastante o processo de Onboarding no seio das empresas.

Como precursores destas mudanças, já existem processos de seleção e avaliação baseados em ferramentas de gamificação, que propõem aos candidatos diferentes cenários para se desenvolverem, o que ajuda a conhecer, de uma forma mais próxima, as suas fortalezas e fraquezas.

Neste sentido, aplicado ao Metaverso, temos o exemplo da tecnológica Nawaiam, com sede em Madrid e Miami e que, através de um videojogo, marcou um antes e um depois, nos processos de seleção de pessoal.

Se na sua ideia inicial os candidatos deveriam enfrentar uma catástrofe climática e o futuro deles e dos seus colegas dependia das decisões tomadas, agora é lançada uma experiência similar no Metaverso até ao final deste ano, na qual serão analisados perfis de conduta em 15 minutos, com uma precisão de 95%, segundo garantem os seus criadores.

Talvez tudo isto pareça um cenário próprio de um filme de ficção científica, mas o Metaverso é uma realidade e, no Grupo Clave, na qualidade de alta consultora de Recursos Humanos, estaremos atentos a todas as possibilidades que se abrirem no âmbito da seleção.

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