A utilização do storytelling nas entrevistas de trabalho
Em qualquer entrevista de trabalho ou mesmo na procura de emprego, o nosso objetivo é causar impacto. A técnica de storytelling, embora antiga, tem ganho bastantes adeptos ultimamente. Esta técnica consiste numa narrativa cativante de acontecimentos que conta com uma mensagem final onde deixa uma aprendizagem ou conceito. Noutras situações o intuito é a captação de uma maior audiência, mas no âmbito de uma entrevista de trabalho a intenção é conectar emocionalmente com os entrevistadores.
Para se entender melhor o storytelling é preciso pensar que era usado desde os tempos mais antigos. Antigamente o conhecimento era passado através de histórias, mitos ou metáforas. Isto faz com que seja mais fácil de entender e recordar. E desta maneira as histórias chegaram aos dias de hoje de forma oral. Mas esta técnica pode também ser utilizada na redação da carta de apresentação do candidato, ou mesmo na descrição do Linkedin.
Por quê o storytelling?
Para perceber o efeito do storytelling nas pessoas, é preciso olhar para dentro do cérebro humano. O nosso cérebro, é ativado ao ouvir uma história, cada dado ou detalhe da história ativa uma zona diferente do cérebro uma vez que estamos focados em decifrar a mensagem que nos é passada. No momento em que começamos a viver a história na nossa cabeça, quer dizer que temos o córtex sensorial a trabalhar e liberta oxitocina (também conhecida como hormona do amor). Desta forma está criado um elo de confiança e empatia com o nosso ouvinte. Ou seja, que quando ouvimos uma boa história, conseguimos senti-la, identificarmo-nos, envolvermo-nos emocionalmente e reviver experiências próprias. Um dos discursos mais conhecidos onde é utilizado o storytelling é o de Steve Jobs para os alunos de Stanford. Nele o gestor, consegue empatizar quase de imediato com a sua audiência através da sua história pessoal, o que faz com que os assistentes se consigam emocionar e recordar a mesma.
Como usar o storytelling na entrevista?
O primeiro passo é a preparação da entrevista. Não é suficiente ter as vivências na cabeça, queremos que a nossa história nos posicione como “o candidato ideal”, e queremos ser recordados, mas sem cair no exagero, pelo que também não é conveniente abusar desta técnica.
Em segundo lugar devemos ter presente que podemos sempre transformar as respostas em histórias.
Posteriormente, é preciso haver coerência nas histórias, e que estas tenham relação com as perguntas do entrevistador. Para que as respostas sejam naturais, breves e simples, é fundamental que a história seja real. Se a isto acrescentarmos entusiasmo, é meio caminho para conquistar a nossa audiência. Não se trata apenas de descrever situações, mas de contar a importância das mesmas e como as superamos, pois, é aqui que damos a entender as nossas competências ao recrutador. E para finalizar devemos concluir com o resultado das nossas ações em experiências passadas. E caso estas não sejam positivas, o discurso deve ser centrado no que se aprendeu desta experiência.
Ideias para a criação de histórias
Não é suficiente saber as histórias que nos ocorreram, é preciso também preparar as entrevistas a fundo e escrever as repostas para que não passe nada ao lado. Deixamos a continuação, algumas sugestões de histórias que pode preparar de antemão:
- Como uma decisão sua teve impacto na empresa.
- História de um erro que tenha cometido e a lição que aprendeu dela.
- Como resolveu um conflito com um membro da equipa ou com um cliente importante.
- Um exemplo de uma ideia sua que melhorou os procedimentos da empresa onde trabalhou.
- História na qual detetou um problema e tomou as medidas apropriadas antes de esperar que outra pessoa o fizesse.
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